ATA DA TRIGÉSIMA SÉTIMA SESSÃO SOLENE DA QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA PRIMEIRA LEGISLATURA, EM 21.11.1996.
Aos vinte e um dias do mês de novembro do ano de mil novecentos e noventa e seis reuniu-se, na Sala de Sessões do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às dezenove horas e dezenove minutos, constatada a existência de “quórum”, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos da presente Sessão destinada à entrega do Título Honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Senhor Rui Lúcio Ângelo nos termos do Requerimento nº 107/96 (Processo nº 1907/96), de autoria do Vereador Nereu D’ Ávila. Compuseram a MESA: o Vereador Reginaldo Pujol, 2º Secretário desta Casa, no exercício da Presidência neste Ato, o Senhor Rui Lúcio Ângelo, o homenageado, sua esposa, Senhora Marilac Motta Ângelo e o Senhor João Carlos Vasconcelos, Presidente da Empresa Porto-alegrense de Turismo, representando o Senhor Prefeito Municipal. Em continuidade, o Senhor Presidente convidou a todos para que, em pé, assistissem à execução do Hino Nacional. Em prosseguimento, o Senhor Presidente concedeu a palavra ao Vereador Nereu D’ Ávila, que em nome de todas as Bancadas desta Casa, saudou a vocação evangelizadora do homenageado. A seguir, como Extensão da Mesa, o Senhor Presidente registrou a presença dos filhos do homenageado, Eduardo, Amanda, Gidila e Efraim. Em prosseguimento, o Senhor Presidente convidou o Vereador Nereu D’ Ávila, sua esposa e o Senhor João Carlos Vasconcelos para que procedessem a entrega de medalha e diploma ao homenageado, correspondentes ao título ora outorgado, passado às mãos deste a obra “Porto Alegre à Beira do Rio e em Meu Coração”. A seguir, concedeu a palavra ao homenageado, que agradeceu a presente homenagem, dizendo da emoção e da responsabilidade ao receber esse Título. Logo após, por iniciativa do Vereador Nereu D’ Ávila, foi cantado o “Parabéns a você” ao homenageado. Às vinte horas, nada mais havendo a tratar, declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a próxima Sessão Ordinária a ser realizada amanhã à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelo Vereador Reginaldo Pujol e secretariados pelo Vereador Nereu D’ Ávila, como Secretário “ad hoc”, do que eu, Nereu D’ Ávila, Secretário “ad hoc”, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após ser distribuída em avulsos e aprovada, será assinada pelo Senhores 1º Secretário e Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Reginaldo Pujol): Tenho a satisfação de abrir
os trabalhos desta 37º Sessão Solene da 4º Sessão Legislativa Ordinária da XI
Legislatura da Câmara Municipal de Porto Alegre, que se destina à entrega do
Título Honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Sr. Rui Lúcio Ângelo,
decorrente do Requerimento nº 107/96 – Processo nº 1907/96, de autoria do Ver.
Nereu D’ Ávila.
Para compor a Mesa Diretora dos trabalhos eu convido o nosso
homenageado, Sr. Rui Lúcio Ângelo, e a sua esposa, Sra. Marilac Motta Ângelo.
Convido o Sr. João Carlos de Vasconcelos, Presidente da Empresa
Porto-Alegrense de Turismo e representando S. Exa. O Prefeito Municipal, neste
ato, a também nos honrar com sua presença na Mesa diretiva.
O Requerimento a que me referi anteriormente e que foi protocolado na
Casa no dia 12 de junho de 1996 teve regular tramitação e logrou ser aprovado
por unanimidade do Legislativo numa homenagem muito adequada que, por
decorrência do Requerimento do Ver. Nereu D’ Ávila, se propiciou.
Desta forma, nós temos muita satisfação em presidir os trabalhos, nesta
oportunidade, especialmente tendo em vista que o nosso homenageado é alguém que
veio de longe. Nasceu em Minas Gerais no dia 20 de novembro de 1950, e em 1979,
depois de algumas peregrinações, fundou o Evangelho do Reino de Deus, entidade
definida como uma aglutinação de Lucas, que perpetua a gerações a palavra
divina, levando-as a verem em Jesus Cristo a figura de Deus.
O Ver. Nereu D’ Ávila, que teve a sensibilidade de recolher essas
informações objetivas e de criar as condições concretas para que esse
Legislativo, de forma unânime, prestasse essa homenagem, concedendo esse título
honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Sr. Lúcio Ângelo, foi distinguido como
porta-voz dos sentimentos dos Vereadores que compõem as dez Bancadas com
assento nesta Casa.
Por isso, com muita honra, transferirei a palavra ao Ver. Nereu D’
Ávila, Líder da Bancada do PDT, para que faça a sua saudação ao nosso
homenageado.
Mas antes do pronunciamento desse Vereador, convido a todos para, em
pé, ouvirem o Hino Nacional.
(Procede-se à execução do Hino Nacional.)
Convido o Ver. Nereu D’ Ávila para fazer uma manifestação em homenagem
ao Sr. Lúcio Ângelo, em nome de todas as Bancadas da Casa.
O SR. NEREU D’ ÁVILA: (Saúda os componentes da
Mesa.) Tenho a grata satisfação de poder ser o autor e saudar ao mesmo tempo ao
Pastor Rui Ângelo em nome de todas as
Bancadas desta Casa. A Casa lhe outorgou esse título em votação unânime.
O nosso homenageado nasceu em Belo Horizonte, no Estado de Minas
Gerais, no dia 20 de novembro de 1950,
portanto, ontem, ele completou 46 anos.
Parabéns, muitas felicidades pela data transcorrida ontem.
Ele veio para Porto Alegre em 1978, portanto, daqui a dois anos, vinte
anos, duas décadas serão passadas da sua presença em nossa Cidade. Em 1979,
fundou o Evangelho do Reino de Deus – EVRED, cuja Igreja, cujas ovelhas estão
hoje aqui muito bem representadas pelo senhores e as senhoras. Em 1980, Rui
Lúcio foi denominado Pastor e, desde então, preside a EVRED. Como todos
sabemos, o EVRED foi fundado, como de resto muitas e muitas outras religiões,
outros cultos, pautado em Lucas para a
pregação do Evangelho. Eu tenho dito, já, diversas vezes, lá na Igreja, que o
Pastor Rui jamais sonhou, pediu ou pensou em ser Cidadão de Porto Alegre. Nós,
os representantes do povo, é que entre nós temos um código de honra e cada
Vereador tem direito pelo Regimento, pela Lei Orgânica, a conceder um Título
por ano, exatamente para a valorização desse Título. Então, no ano de 1996, que já está no seu 11º mês, quase
completando o seu ciclo anual, este Vereador escolheu exatamente um homem
simples, da senda do Senhor, para outorgar-lhe o título. Tenham a certeza de
que este título tem muito peso, muita credencial, porque cada Vereador tem
direito a somente um título por ano, e eu, o meu, escolhi V. Exa., por ser um
homem simples, repito, por ser um homem que prega e pratica o amor desde a sua
casa, junto aos seus cinco filhos “o Eduardo, a Amanda, Gidila, o Efraim e o
Rui” fará ele, depois da família vem o EVRED, depois do EVRED, a sua
comunidade. Este mineiro que veio de lá onde não há muito frio, praticamente
não existe, veio aqui curtir os rigores do nosso inverno junto com a Marilac.
E, nesses invernos, ele tem cumprido a sua missão de pastor, a sua missão de
evangelizador do Reino de Deus.
Então, quando eu visitava aquela Igreja, eu senti, lá, e não foi só eu, a Sônia, minha mulher, também comentava comigo, o astral que existia lá. Sempre ela comentava que se sentia muito bem, pelos cânticos, pela acolhida, pelas pessoas que lá estavam. Pessoas simples, pessoas qualificadas e, por isto, sem o Pastor saber, somente quando lhe pedimos a sua concordância para lhe entregar o título, assim pede o Regimento, é que ele ficou sabendo que nós o tínhamos escolhido para este Título. Por quê? Porque o Pastor Rui, vindo lá das Minas Gerais, veio para o Rio Grande para uma missão e escolheu a Cidade de Porto Alegre. E, nesta Cidade, escolheu o Bairro Partenon, um Bairro de classe média, para doutrinar o nosso povo. Em nome de Deus, em nome de Jesus, ele tem feito isso, com entusiasmo, com alegria, com cânticos, tem transmitido o Evangelho, com toda esta simpatia que o caracteriza, para que as pessoas trilhem os caminhos retilíneos da senda de Deus. E, por isso, nós nos sentimos, hoje, muito felizes em poder conceder este Título ao Pastor Rui, porque nós não estamos prestigiando o poder econômico, nós não estamos bajulando cidadãos com prestígio econômico ou político, da Cidade. Não, nós estamos prestigiando seguidores de Deus, pessoas humildes que fazem a caridade, que pregam o amor, que praticam a fraternidade. Eu me sinto muito orgulhoso disso, porque, como Vereador, eu tinha, como os demais têm, todo o direito de, entre a sociedade porto-alegrense, outorgar o Título a pessoas de qualquer nível. Eu preferi o Pastor Rui. Quero dizer que eu também tenho profunda convicção nos caminhos da espiritualidade e que sou muito sensível, como de resto muitas pessoas são, para aquelas pessoas que têm obsessão por uma missão e dela não afastam um milímetro, missões difíceis, carregadas de responsabilidade, mas, certamente, com muita sobra de amor. Sempre digo que a grandeza dos homens não se mede pela vida que eles levam, mas sim pelas idéias que difundem, pelos sentimentos que comunicam aos seus semelhantes, pelas ações que praticam entre nós. Por isso tenho certeza de que as idéias que o Pastor Rui professa, que os sentimentos que ele comunica aos seus semelhantes, que as intenções de filosofia de vida que ele carrega junto com sua família, em demonstração a sua sociedade, são as mais justas, as mais transparentes e, principalmente, as mais honestas. Por isso que todos temos que refletir sobre o fundamento da nossa presença aqui na terra. Quem estuda o Evangelho, quem lê livros sobre filosofia sabe que, independente de credo, a sua vida deve ser um manancial de exemplos em relação aos demais. Nós, os seres humanos, somos os mais dependentes de outros seres humanos. Ainda hoje pela manhã ouvia uma entrevista na Rádio Gaúcha onde alguém repetia isso. Nós pertencemos ao reino animal, só que somos racionais. Devemos chamar atenção para o fato de que qualquer outro animal, quando nasce, no rigor do frio do nosso inverno, no começo fica por ali, a mãe dá uma lambida, tira aquele líquido e, cerca de uma ou duas horas depois, ele já está correndo em volta da mãe – seja uma ovelha, um cavalo ou um animal qualquer. O único animal, exatamente o racional, que é a pessoa humana, fica 15 ou 20 anos dependendo de seu pai e da sua mãe, quando não mais. Então, todo animal racional, toda pessoa humana tem uma dependência muito grande em relação a seus pais – especialmente a sua mãe, que o gera e que o coloca no mundo.
Isso tem um significado. É que, depois de adulto, quando o ser humano
será pai ou mãe, ele também terá que fazer assim com seus filhos. E assim na
vida, sucessivamente. E, bem no fundo, o que isso quer dizer? Quer dizer que
pessoa nenhuma pode ter a utopia ou a soberba de querer viver independente dos
outros. Por quê? Porque ele necessita não só dos seus pais, mas depois, na vida
social, em qualquer setor, ele necessitará dos outros. Não estou dizendo
novidade alguma – muitos já o disseram: somos essencialmente seres gregários,
seres societários e dependentes. Como seres dependentes – e aí vem o que quero
transmitir -, temos a obrigação, quando alcançamos um estágio em que possamos
ser úteis ao nosso semelhante.... não podemo-nos furtar disso, que é uma
obrigação nossa, porque aqueles que podem mais devem ajudar aqueles que podem
menos. E ajudar às vezes significa dar uma palavra de conforto, um gesto qualquer,
para alguém que está desesperado. Quanto mais tivemos essa sensibilidade de que
somos gregários e de que temos a obrigação, sempre que pudermos, de ajudar o
nosso próximo, seja de que maneira for.... Essa é uma concepção clara que
devemos Ter. Aquelas pessoas que fazem da sua vida, do seu púlpito, uma
sucessão interminável de palavras de fé, de ajuda, de mostrar caminhos, de
abrir caminhos, estas pessoas têm um valor extraordinário, porque elas,
estribadas em lições referenciais como a Bíblia, o Evangelho ou como livros que
traduzem algo, que nos ensinam a amar o próximo como a si mesmo e nos dão a
noção exata de que somos seres gregários, estas pessoas têm um valor
extraordinário.
Assim é o Pastor Rui. Hoje o Pastor Rui recebe a mais alta comenda que
a Cidade de Porto Alegre pode oferecer, porque é uma comenda democrática que
recebe o voto dos 32 Vereadores – um é o proponente – portanto, recebe o crivo
democrático de todos os representantes populares que têm responsabilidades,
foram eleitos para ter essa responsabilidade. Então não é uma outorga pessoal,
de uma pessoa para outra, é de um poder àquelas pessoas que, na nossa visão – e
assumimos essa responsabilidade, graças a Deus – merecem este título. De minha
parte tenho absoluta tranqüilidade de que estará em ótimas mãos. Não é uma
questão personalizada de um Vereador para um cidadão, mesmo de outro Estado,
agora em Porto Alegre; a relação é de um poder, que representa um cidade de
mais de um milhão e meio de habitantes, deste poder escolhendo e qualificando
aqueles que merecem esta outorga. E como diz a Bíblia: “Muitos são os chamados,
poucos os escolhidos”.
Por isso, Pastor Rui, receba, nesta tarde memorável da primavera
ventosa do Rio Grande, a nossa saudação. No regaço da sua família, e junto ao
seu Evangelho do Reino de Deus, o EVRED, tenho a certeza de que esta outorga
estará no pedestal mais alto das suas qualidades morais. Que a paz esteja
convosco! Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Após o belo pronunciamento
do Ver. Nereu D’Ávila, na continuidade dos nossos trabalhos, registro a
presença, pedindo que se considerem como extensão da Mesa Diretiva, dos filhos
do nosso homenageado: Eduardo, Amanda Gidila e Efraim; lamentamos que o Rui não
possa estar conosco neste dia, por sua pouca idade cinco anos.
Solicito que o casal Nereu e Sônia, ele, como proponente; ela, sua permanente e solidária assessora, estivessem conosco para, juntamente com o representante do Sr. Prefeito, entregarmos ao homenageado a Medalha e o Diploma correspondentes ao Título Honorífico de Cidadão de Porto Alegre.
(É feita a entrega do Diploma, da Medalha e do livro “Porto Alegre à
Beira do Rio e em Meu Coração”, dos poetas Luiz Coronel e Luiz de Miranda.)
Esse livro foi editado por ocasião da comemoração dos 10 anos da nova
sede da Câmara Municipal de Porto Alegre e que nós queremos que o Pastor e sua
esposa tenham muito perto de si como nós temos perto de nosso coração.
Com a palavra o nosso homenageado.
O SR. RUI LÚCIO ÂNGELO: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores, presentes a esta homenagem, que carinhosamente vieram me
prestigiar. Estou bastante comovido. Eu passei todo o tempo pensando como ia
sentir este momento, como seria este momento quando tudo estaria sendo
solidificado. Então sinto uma grande alegria, uma grande emoção e grande
responsabilidade em receber este Título da Cidade de Porto Alegre. Eu quero
falar sobre cinco coisas que acho que afetam a vida de uma pessoa. Eu
colocaria, em uma escala de cinco a um, a prioridade da coisa: o trabalho. Acho
que o trabalho realiza o homem. O homem precisa empreender a sua visão, aquilo
que ele recebe e precisa ter coragem. E
eu tenho recebido esta coragem, esta
chama poderosa que o Evangelho tem passado para min nestes vinte anos que o
conheço. Então o trabalho é algo fundamental. Precisamos ter sonho de trabalho,
de realização. Uma Cidade como Porto Alegre não estaria construída, da forma
como nós a vemos, se milhares de pessoas não tivessem trabalhado, se milhares
de líderes não tivessem incentivado e pessoas de todas as naturezas, de todos
os bairros, não tivessem construído a Cidade em que vivemos hoje.
A quarta coisa: nós devemos ser pessoas voltada para a filantropia,
temos que ter amor pelos seres humanos e esse amor aprendemos com Jesus. Ele é
para nós um espelho, um modelo. O grande amor de Jesus é como as águas – sempre
procura os níveis mais baixos para poder se relacionar. Jesus procura os
cansados e os oprimidos, como a Bíblia nos fala. A gente tem amor pela
humanidade. Tenho estado pela Cidade de Porto Alegre e tenho minha esposa e
meus filhos como testemunhas de que temos amado esta Cidade. Eu fui enviado
para essa Cidade para ficar um ano como missionário e fui me apegando a ela,
fui construindo nesta Cidade a visão que Deus passou para o meu coração, fui
tendo pessoas que me apoiavam nessa minha visão, nesse meu trabalho, inclusive
muitas pessoas estão aqui nesta noite. Todos vocês são pessoas remanescentes
que estão conosco. Creio que temos que ter essa visão filantrópica.
A terceira coisa que quero destacar é a amizade. Tomo as palavras do
Ver. Nereu D’Ávila, que já colocou de maneira muito clara para cada um de que
não somos uma ilha, sozinhos neste universo; não somos um mendigo à margem
deste universo. A gente precisa da amizade, do apoio, do carinho que vocês têm
me dado. E a Cidade de Porto Alegre me homenageando, sinto-me verdadeiramente
honrado. Minhas palavras não poderão expressar o que aqui está sendo tocado.
Então, tenho a amizade como a terceira coisa importante que devemos cultivar na
nossa vida. Ela não nasce a esmo, a amizade é algo que precisamos conquistar.
Uma vez disse ao Pastor Dime: “Pastor, gostaria de ser o seu grande amigo,
gostaria de ter uma grande unidade contigo”. Ele disse: “Unidade leva 20 anos,
30 anos, 40 anos, não é algo que você aprende e ela está aí, você tem que zelar
por ela, você tem que buscar”. Eu afirmo que são verdades as suas palavras.
Amizade tem que ser trabalhada. Temos que buscar, temos que reaver. Quero
continuar recebendo a amizade de cada um de vocês e continuar dando a minha
amizade a cada um de vocês em nome de Jesus.
Quero destacar aqui a vinda do nosso vizinho que chamamos de Cabreira.
Muito obrigado por ter vindo.
A segunda coisa é a família. Sem ela não há realização. Eu me sinto maravilhado
com a ajuda que recebo da minha esposa e dos meus filhos. A família é a base. É
preciso que o filho se relaciona com a mãe, com o pai, com os amigos da
família; marido e mulher precisam buscar um relacionamento ímpar, conivente,
para que possam gozar dos matizes de felicidade da vida. Mas a vida também
presume coisas difíceis. Nós passamos, às vezes, momentos muito angustiantes. E
a gente precisa ter calma no seio da família para vencer as batalhas. Agradeço
a Deus de todo o coração pela minha família.
Eu sempre uso dizer que Deus, em primeiro lugar, é a solução. “Sem Deus
nós somos meros macacos”, disse Darwin. Sem Deus a vida não tem sentido, não
têm sentidos os sonhos, não tem sentido a juventude, não têm sentido os anos de
experiência, nada tem sentido quando Deus não faz parte do nosso viver. Então,
a Deus toda a honra e toda a glória, porque se eu respiro, Ele tem me dado esta
condição; se eu vivo e sinto o poder da vida,
Ele é o autor da vida. Então, a Ele, toda a honra e toda a glória.
Eu quero deixar estas palavras, que eu senti, e, quanto à minha
gratidão, já a coloquei. Deus abençoe a cada um de vocês, especialmente aos
Vereadores desta Casa, que carinhosamente sempre nos recebem; ao Ver. Nereu
D’Ávila, pela amizade que está nascendo entre nós, e à Sônia. Agradeço a todos
vocês. Quero compartilhar esse presente com todos. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Após termos ouvido a
palavra do nosso Pastor e nos encaminharmos para o término dessa Sessão, quero
dar o meu testemunho da satisfação de que todos os integrantes da Casa foram
tomados com a iniciativa do Ver. Nereu D’Ávila, porque puderam, com os seus
votos, decidir por unanimidade a concessão dessa cidadania e, certamente, faz
jus o nosso homenageado, especialmente se considerarmos as circunstâncias de
que, tendo nascido lá na distante Minas Gerais em 20 de novembro de 1950, veio,
pela mão de Deus, conviver conosco e criar as sua raízes, a sua prole, os seus
filhos. E, mais do que a família, também reunir tantas pessoas, tantos
companheiros que na sua Igreja se reuniram para essa caminhada em favor de
Cristo, em favor de Deus, em favor do amor.
O SR. NEREU D’ÁVILA: Peço desculpas a V. Exa.
pela interrupção. Gostaria, também, de pedir licença a V. Exa., quebrando o
protocolo, e pedir vênia para que – como disse V. Exa., 20 de novembro, foi
ontem e o Pastor esteve de aniversário – cantássemos o “Parabéns a Você”.
O SR. PRESIDENTE: Eu defiro de plano o
Requerimento do Ver. Nereu D’Ávila, até porque a nossa Sessão, ainda que
Solene, não é formalística. E, mais do que isto, é uma Sessão onde o fator
comum e preponderante é o nosso sentimento de cristãos que levamos às últimas
conseqüências, o ensinamento Dele quando nos mandou que amássemos uns aos outros.
Então, com amor e com carinho, na maior homenagem que nós podemos prestar ao
nosso homenageado no dia de hoje, eu convido os senhores presentes para que, em
pé, cantemos o “Parabéns a Você”.
(É cantado o “Parabéns a Você”.)
Estão encerrados os trabalhos.
(Encerra-se a Sessão às 20 horas.)
* * * * *